O tempo e a vida, qual a relação?

Eu sempre me senti pressionada pelo tempo, e me sentia muito cansada de viver dessa forma. É como se vivesse sempre apressada, forçada pela ansiedade que me obrigava a listar e a riscar todas as minhas tarefas, uma corrida, contra mim mesma. E mesmo que me planejasse para todas essas atividades, o tempo sempre era escasso, e eu acabava da mesma forma, escrava do relógio e dos meus compromissos, imaginando que a todo tempo, não tinha tempo.

Isso já ocorreu com você também?

Pensando então na sua trajetória até aqui:

Qual valor você dá ao seu tempo?

Existe uma conexão entre o tempo e a sua vida?

Fui ao Google e digitei: Tempo é…

E o que o Google me sugeriu? Tempo é dinheiro. E como pesquisadora da ciência logosófica, tenho aprendido que tempo é vida. E “tempo é dinheiro” e tempo é vida tem um peso diferente nesse conceito, não é mesmo?

Voltando na Marina do passado, e no esforço que tenho feito para debilitar algumas deficiências psicológicas, muitas vezes faço algo com muita pressa em determinada atividade e compreendo hoje que perco alguns elementos importantes.

Quais elementos seriam esses?

Vou relatar algo que vivi e que cada vez que analiso esta experiência retiro um conhecimento para a minha vida.

Era um sábado, e apenas na parte da manhã, havia me proposto estudar, fazer atividade física, ir ao supermercado e ainda teria uma aula com duração de 2 horas. Vocês acham mesmo que daria para realizar tudo sem pressa? No período da manhã?  Foi então que compreendi o porquê ainda vivia pressionada pelo tempo, perdendo minha energia e humor.

Ao estar na metade do caminho para o supermercado, percebendo que a readaptação da manhã ainda não seria o suficiente para serenar a mente, e atenta ao meu interno, tomei a decisão de retornar para casa de forma consciente, agora sem a pressão do relógio.  Ao abrir a porta, e receber um sorriso do esposo que estava começando seu café da manhã, pude retribuir o mesmo de forma afetuosa e ainda conseguir desfrutar desse momento ao seu lado, o que certamente não aconteceria se tivesse optado por incluir mais uma atividade na minha manhã.  Chegaria agitada, perderia a oportunidade de estar na companhia do meu esposo, e ainda começaria a aula com os pensamentos agitados pela correria.

Durante todo o restante do dia, senti que os demais compromissos foram vividos com leveza e bem-estar. E isso com certeza fez toda a diferença na minha convivência e harmonia no lar. Pude observar também que sempre que estou nesse estado interno de agitação, realizo com menos gosto minhas tarefas, porque as vejo como um peso, uma necessidade, e não um estímulo.

Quando consegui observar o que a pressa estava fazendo com minha vida e tomei a decisão de retornar para casa, buscando outra forma de viver meus afazeres, só que de forma consciente, fui capaz de identificar elementos como a gratidão, o afeto e a serenidade que me auxiliariam a cultivar a adaptabilidade, a temperança, a paciência inteligente, a afabilidade, a suavidade e a flexibilidade.

Ao aproveitar o tempo de forma consciente, gerei em meu interno, valores que pertencem ao tempo eterno. E tenho aprendido que é na vida interna, onde a maioria das experiências importantes acontecem.

Compreende agora que mais do que dinheiro, tempo é vida, e tempo que se perde é vida que se vai?

Como tem vivido a sua vida?

Tenho me esforçado em concentrar meus esforços no que realmente interessa para a minha vida, e vivendo assim, uso o tempo a favor desse propósito, ganho tempo, ganho vida, porque caminho numa direção certa. Com muito menos tentativas e erros. Mudo algo em mim para minimizar os incômodos causados por fatores externos e também muitas vezes internos, mas que nada colaboram para o meu propósito, que é o de evoluir conscientemente.

Antes de estudar Logosofia, acreditava que o tempo mais bem aproveitado era o das férias, e agora procuro aproveitar todo o tempo, todas as situações, em função desse meu propósito de ser melhor, e assim, vivo mais feliz.

“O tempo se perde, em grande parte, quando não se faz nada; quando a mente divaga ou não pensa. Tempo que se perde é vida estéril, que não merece sequer a honra de ser recordada. Eis um chamado de atenção para aqueles que lamentavelmente malogram seu tempo.” Do livro Exegese Logosófica

Quer saber mais? www.logosofia.org.br